quinta-feira, 19 de julho de 2012

Atividades Culturais, teatro e Feira Multidisciplinar








Aulas de educação física....um barato!
Trabalhos em grupos, de pesquisa.
Trabalhos de recorte e colagem em jornais.





domingo, 27 de maio de 2012





Dia das mães foi especial......conversas e uma apresentação linda....
Estamos entrando no conteúdo do Corpo Humano, músculos, esqueleto, etc.

Nada melhor do que um amigo pra entender a matéria, temos em aula o Estique, que virou uma febre na sala, ninguém mais falta a aula no seu dia de cuidar do Estique.....kkkkk




Ele anda por toda a escola com a criançada e eles adoram.....

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Atividades com a turma




Trabalhamos com a correção coletiva sempre e eles participam em peso da ida ao quadro.

Além disso, procuramos estar sempre brincando e aprendendo. Este mês fizemos um Pião com CD velhos, que antecipou o assunto do sistema solar e da orientação com a luz do sol.

A partir disso, fizemos um relógio do sol no pátio, os movimentos de rotação e translação !


Regras

Pra toda turma existe a necessidade de buscarmos a organização e o estabelecimento de regras de convivências essenciais.

Cada uma dessas simples regras abrangem tudo o que foi discutido em sala, com a participação de todos.

Índios



Para fugir um pouco dos assuntos tradicionais sobre os índios, foi feito uma pesquisa dos primeiros índios que estavam aqui no sul e foi localizadas três tribos importantes, Jê, Pampianos e Guaranis. 

Cada um com a sua cultura e os seus costumes.

Aqui no cartaz a turma dividida em três grandes grupos, colocou de forma simbólica, o que descobiu sobre cada grupo de índios. 

Adoramos fazer esse resgate !!!

Alimentação

Cada aluno trouxe de casa gravuras de alimentos, pedidos no dia anterior.
A classificação foi feita em sala e cada aluno devia achar onde o seu alimento se encaixava e o que ele representava na alimentação do nosso dia a dia.

Apesar de estar cheio o cartaz, sobrou gravuras, o que foi gratificante, pois a turma compra as atividades com uma vontade que empolga qualquer um!

Atividades Coletivas - Higiene


Construção Coletiva da Higiene Coletiva, onde foi discutido além da higiene pessoal a higiene do lugar onde vivemos.
A colagem foi de fotos de jornais e revistas de locais onde não há cuidados necessários com a higiene da comunidade.
Foi uma tarde  gostosa de muita conversa e construções coletivas.


Professora Municipal de Viamão

Depois de muitos concursos, fui nomeada e chamada para a cidade de Viamão.
Fui enviada para a escola Loureiro da Silva, na parada 28 da Lomba do Pinheiro e estou adorando.
Assumi o desafio de pegar um 4º ano e vamos botar em prática tudo o que foi aprendido e caminhar com essas crianças aprendendo muito ! Com certeza.

Os primeiros trabalhos colocarei aqui para dividir com todos.

E vamos nesse 2012 abençoado !!!!

domingo, 1 de abril de 2012

Linguagem e Brincadeira

Após algumas leituras obrigatórias dos concursos, gostaria de colocar resumidamente passagens que achei muito interessante ...

"A palavra está sempre carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencial."(Bakhtin, 1981, p.95)

" O discurso verbal é diretamente ligada à vida em si e não pode ser divorciado dela sem perder sua significação. "

Para Vigotsky, o uso da linguagem se constitui na condição mais importante do desenvolvimento das estruturas psicológicas superiores ( a consciência) da criança.

Walter Benjamin (filósofo alemão, 1940) dia que são as imagens, construídas ao longo da nosa existência, por meio de uma memória involuntária e voluntária, uma conjunção de conteúdos do passado individual e outros do passado coletivo, que vão nos permitir formar uma idéia de nós, independentemente da nossa vontade. São essas sucessivas imagens as experiências que costumam, para cada um de nós, nossa identidade e história pessoal.

Por meio de brincadeiras as crianças se constituem como indivíduos, com um tipo de organização e funcionamenti psicológicos próprios, utilizando certos meios comportamentais extraídos de seu registro de competências, em cada período da vida, e das aquisições e midificações que sua microcultura impõe.

A brincadeira de faz de conta se constitui num exemplo de uma atividade na qual a criança poderia ser vista como se estivesse num mundo só seu, num mundo de fantasia.
Mas estudando em detalhes, tem revelado como as crianças estão enganjadas uma com as outras, constituindo e partilhando significados.

Segundo Vygotsky (1991) essa brincadeira de faz de conta caracteriza um avanço no desenvolvimento infantil.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

NOSSOS SEMPRE FILHOS: O segredo das mães francesas?

NOSSOS SEMPRE FILHOS: O segredo das mães francesas?: Paciência e pulso firme O segredo francês é esperar: o método não dá gratificações imediatas. Ele começa mais ou menos no nascimento. Qua...

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

blog.gecko: Luminária de colher

blog.gecko: Luminária de colher: Você fez uma festa em casa e agora sua pia está cheia de talhares de plástico? Não jogue as colheres fora! Com elas você pode, acredite, cri...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Jovens Infratores

Lei abre brecha para internação de jovem infrator por tempo indeterminado


Apesar de artigo polêmico, Sinase regulamenta cumprimento de medidas socioeducativas no País e torna obrigatório o retorno do adolescente à escola
A presidenta Dilma Rousseff sancionou nessa quarta-feira (18) a Lei 12594/12, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) e entra em vigor daqui a 90 dias. Pela primeira vez, o Brasil terá uma lei nacional para a execução de medidas socioeducativas destinadas a crianças e adolescentes que pratiquem atos infracionais.

Apesar de ser comemorada por defensores de direitos humanos por regular o sistema, o artigo 65 da lei causa incômodo.
De acordo com o texto, a autoridade judiciária poderá interditar o adolescente em caso de transtorno mental. Deve-se “remeter cópia dos autos ao Ministério Público para eventual propositura de interdição e outras providências pertinentes
 
 
 

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Texto Manoel Soares no Facebook hoje 10/01/2012

Com sua delicadeza e objetividade Manoel conseguiu de forma transparente e simples descrever o que
acontece nas nossas periferias.
Abaixo o lindo texto publicado por ele no facebook hoje dia 10/01/2012.


Manoel Soares


Estes dias conversando com um líder comunitário vi que ele defendia os interesses da comunidade com muita habilidade, mas seu sustento vinha de ser flanelinha um uma avenida movimentada de Porto Alegre. Quando fui conversar com ele falei sobre a possibilidade ajudá-lo nessa luta, ele se empolgou e disse que as pessoas só prometem e na hora não se apresentam. Disse que ia ver com uma rede de colég...ios particulares que trabalham com EJA para que ele volte a estudar e depois possa fazer um técnico administrativo, nessa hora ele deu um pulo, disse que não queria voltar para escola e que tinha dificuldades de se enquadrar no sistema. Disse que ele falava errado, mas que isso era seu dialeto, disse que o que importava era sua mensagem e não se o português estava certo, no meio do papo vem a filha dele com a gorjeta dada por um motorista. Confesso a vocês que me vi naquele líder, há uns anos atrás eu pensava assim, achava que minha experiência de vida era mais importante que minha formação. O que muitos líderes não se dão conta com o tempo é que sem saber assinam um pacto de pobreza e miséria que só trás dor e tristeza para eles e suas famílias. Ter dinheiro não é errado nem feio, estudar e se formar não vai arrancar nossas raízes e se arrancar é porque não era raízes, mas galhos podres. Sei que muitos líderes mesmo sem estudo dão um banho em quem tem canudo, mas no fim das contas eles voltam para sua casa com ar condicionado e cama quentinha e nós para nossa casa com luz de gato e gás quase no fim. O estudo não limita nosso intelecto, mas limita nosso acesso a uma vida de qualidade, como líderes familiares ou comunitários não temos o direito de exilar as pessoas ao nosso lado na miséria por conta de nossa visão equivocada da vida. Ver amigos destemidos liderar massas é emocionante, mas cada vez que eles fala: "menas", "qui seji", "nois" sem que queiram emitem uma mensagem que enfraquece a luta, sei que doi ler isso, mas é verdade. Temos que nos superar todos os dias, até porque o que fizeram e fazem conosco é injusto, nos deram pouco acesso e exigem qualidade, é como cortar o pé de alguém e querer que ele corra, mas não podemos nos apegar as limitações, temos o dever de criar condições para que as gerações futuras saiam do ciclo de exclusão, mas para isso teremos que abandonar a lamúria e superar não algumas, mas todas dificuldades que aparecem. Conheço cada minuto dessa luta, sento o gosto de cada lágrima ao ouvir um NÃO, vivo isso até hoje, pois mesmo que de ouro o chicote doi igual, mas não uso minhas limitações para advogar em causa própria, meu filho não merece opuvir isso.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Celso Antunes - Palestra

Outra leitura para o concurso , muito bom.

Palestra "Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender" (Celso Antunes):


O professor no nosso país está com uma imagem desgastada e desvalorizada. Qualquer outro profissional se sente capaz de avaliar e até discutir sobre a função do professor. Mas o contrário não acontece; o professor tem consciência da sua limitação. Em outros países podemos perceber que o professor é um profissional que ocupa lugar de destaque na sociedade. No Japão, por exemplo, o único profissional que não precisa se curvar diante do imperador é o professor, pois segundo os japoneses, numa terra que não há professores não podem haver imperadores.

Mas por que no Brasil o professor não tem prestígio?

Segundo Celso Antunes, o professor para adquirir esse prestígio tem que acompanhar as mudanças que ocorrem num ritmo cada vez mais acelerado. Não podemos acreditar que ainda hoje nossa tarefa é apenas informar sobre os conhecimentos acumulados historicamente.

Hoje, a informação está em todo lugar e bem atualizada. Ou seja, a escola não é mais lugar privilegiado de informação. O papel do professor por esse motivo deve ser repensado.
Nesse sentido, há uma brutal diferença entre dar aula ontem e dar aula hoje.


Mas como mudar?

O autor apresenta cinco elementos que na sua opinião são fundamentais para mudar a educação brasileira e por conseqüência melhorar a imagem do professor:

1) A Aula: a aula deve ser o momento de usar a fala. Falar é uma ferramenta imprescindível para o aprender. Proibir o aluno de falar é impedir a sua aprendizagem. Porém, há duas falas diferentes no contexto escolar: a fala descontextualizada do aprender ( que não provoca o processo de aprendizagem) e a fala canalizada ( que organiza o aprender). Para chegar a uma fala canalizada com os alunos é necessário aprender novas formas de dar aula. Mesmo porque, professor não pode ser escravo de apenas um tipo de aula. Hoje, percebemos que muitos professores dão aulas expositivas nos 200 dias letivos. A aula pode ser expositiva, mas também pode ser através de projetos, seqüencias didáticas, roda da conversa, jogo de palavras, enfim, outras formas que possibilitem os alunos usarem a sua fala de forma organizada

2) O Conteúdo: os conteúdos são os ensinamentos que são passados aos alunos. O conteúdo não pode ser metálico e vazio. Devemos perceber-los como ferramentas capazes de desenvolver competências. O aluno tem que aprender a argumentar, a pensar, a ter idéia. O mundo está acontecendo e os conteúdos estão a margem desses acontecimentos. Por isso mesmo os conteúdos devem ter "cheiro, gosto, cor e alma". Só assim poderemos formar gente e não apenas intelectuais.

3) O Professor: o professor deve ser o propositor, o interrogador, o instigador, aquele que ajuda a aprender. Assim, ele deve levar para a sala de aula alguns pontos de exclamação, mas principalmente, muitos pontos de interrogação. Os alunos devem ser induzidos a pensar, a encontrar argumentos. É como diz o ditado popular: em vez de dar o peixe, devemos ensinar a pescar.

4) A Linguagem: alguns professores acreditam que o texto é a única forma de ensinar algo ao aluno. Mas a escola é um espaço propício para o convívio de diferentes linguagens. A música, a mímica, a dramatização, a colagem, o slogan, a escultura são apenas alguns exemplos de linguagens que podem estar presentes no dia-a-dia da escola.

5) A Avaliação: a proposta é olhar a avaliação como quem vê caminhos. É ter olhos para o amanhã, para o progresso. Avaliar apenas para dar uma nota não faz sentido algum.

O professor Celso Antunes finalizou a palestra com a seguinte frase: "quem na terra assumi novas formas de ensinar e aprender não precisa pedir licença no céu, pode ir entrando..."

Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro

Estou estudando pra concurso e alguns livros valem a pena ler, reler e guardar, com certeza !

Aqui, resumo do livro do Edgar Morin - Os Sete Saberes Necessários À Educação Do Futuro.
Disponível no link da postagem, Escrito por Conteúdoescola

22/07/2004
Em 1999, a UNESCO solicitou ao filósofo Edgar Morin - nascido na França, em 1921 e um dos maiores expoentes da cultura francesa no século XX - a sistematização de um conjunto de reflexões que servissem como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI.

Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin, objeto do presente livro:
- as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão;
- os princípios do conhecimento pertinente;
- ensinar a condição humana;
- ensinar a identidade terrena;
- enfrentar as incertezas;
- ensinar a compreensão;
- a ética do gênero humano
são eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação e que estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.
(...)

I - As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão
É impressionante que a educação que visa a transmitir conhecimentos seja cega ao que é conhecimento humano, seus dispositivos, enfermidades, dificuldades, tendências ao erro e à ilusão e não se preocupe em fazer conhecer o que é conhecer.
De fato, o conhecimento não pode ser considerado uma ferramenta "ready made", que pode ser utilizada sem que sua natureza seja examinada. Da mesma forma, o conhecimento do conhecimento deve aparecer como necessidade primeira, que serviria de preparação para enfrentar os riscos permanentes de erro e de ilusão, que não cessam de parasitar a mente humana. Trata-se de armar cada mente no combate vital rumo à lucidez.
É necessário introduzir e desenvolver na educação estudo das características cerebrais, mentais, culturais dos conhecimentos humanos, de seus processos e modalidades, das disposições tanto psíquicas quanto culturais que o conduzem ao erro ou à ilusão.
O calcanhar de Aquiles do conhecimento
A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. O conhecimento não é um espelho das coisas ou do mundo externo. Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados pelos sentidos. Resultam, daí, os inúmeros erros de percepção que nos vêm de nosso sentido mais confiável, a visão.
Ao erro da percepção acrescenta-se o erro intelectual
O conhecimento, como palavra, idéia, de teoria, é fruto de uma tradução/construção por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. O conhecimento comporta a interpretação, o que introduz o risco de erro na subjetividade do conhecedor, de sua visão de mundo e de seus princípios de conhecimento.
Daí os numerosos erros de concepção e de idéias que sobrevêm a despeito de nossos controles racionais. A projeção de nossos desejos ou de nossos medos e pás perturbações mentais trazidas por nossas emoções multiplicam os riscos de erro.
O desenvolvimento do conhecimento científico é poderoso meio de detecção de erros e de luta contra as ilusões. Entretanto, os paradigmas que controlam a ciência podem desenvolver ilusões, e nenhuma teoria científica está imune para sempre contra o erro. Além disso, o conhecimento científico não pode tratar sozinho dos problemas epistemológicos, filosóficos e éticos.
A educação deve se dedicar, por conseguinte, à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras.
Os erros podem ser mentais - pois nenhum dispositivo cerebral permite distinguir a alucinação da percepção, o sonho da vigília, o imaginário do real, o subjetivo do objetivo. A própria memória é fonte de erros inúmeros. Nossa mente tende, inconscientemente, a selecionar as lembranças convenientes e eliminar as desagradáveis. Há também falsas lembranças, fruto de pura ilusão.
Os erros podem ser intelectuais - pois os sistemas de idéias (teorias, doutrinas, ideologias) não apenas estão sujeitas ao erro, como protegem os erros possivelmente contidos em seu contexto.
Os erros da razão: a racionalidade é a melhor proteção contra o erro e a ilusão. Mas traz em seu seio uma possibilidade de erro e de ilusão quando se perverte, se transforma em racionalização. A racionalização, nutrindo-se das mesmas fontes da racionalidade, constitui grande fonte de erros e ilusões. A racionalidade não é uma qualidade de que são dotadas algumas pessoas - técnicos e cientistas - e outras não. A racionalidade também não é monopólio ou uma qualidade da civilização ocidental. Mesmo sociedades arcaicas podem apresentar elementos de racionalidade em seu funcionamento. Começamos a nos tornar verdadeiramente racionais quando reconhecemos a racionalização até em nossa racionalidade e reconhecemos os próprios mitos, entre os quais o mito de nossa razão toda-poderosa e do progresso garantido.
É necessário reconhecer, na educação do futuro, um princípio de incerteza racional: pois a racionalidade corre risco constante, caso não mantenha vigilante autocrítica quanto a cair na ilusão racionalizadora. E a verdadeira racionalidade deve ser não apenas teórica e crítica, mas também autocrítica.
Os erros paradigmáticos - os modelos explicativos - os paradigmas - também são sujeitos a erros - de concepção e de interpretação de conceitos. O paradigma cartesiano, por exemplo - mola mestra do desenvolvimento científico e cultural do Ocidente - se fundamenta em contrastes binários: sujeito/objeto, alma/corpo, espírito/matéria, qualidade/quantidade, sentimento/razão, existência/essência, certo/errado, bonito/feio, etc. - não encontram, no mundo de hoje, a fundamentação que parecia possuir no início do século XX. O paradigma - como o cartesiano - mostra alguma coisa e esconde outras - podendo, portanto, elucidar e cegar, revelar e ocultar. É no seu seio que se esconde o problema -chave do jogo da verdade e do erro.

O "imprinting" e a normalização
"Imprinting" é o termo proposto por Konrad Lorenz para dar conta da marca indelével imposta pelas primeiras experiências do animal recém nascido. O 'imprinting" cultural marca os humanos desde o nascimento, primeiro com o elo da cultura familiar; depois da cultura da escola, prosseguindo pela universidade e na vida profissional.
A normalização - forma de estandartização das consciências - é um processo social (conformismo) que elimina o poder da pessoa humana de contestar o "imprinting".
A noologia: possessão
O autor cita Marx, ao dizer "os produtos do cérebro humano têm o aspecto de seres independentes, dotados de corpos particulares em comunicação com os humanos e entre si". Edgar Morin está se referindo às crenças e idéias - muitas vezes reificadas, corporificadas, a ponto de afirmar que "as crenças e idéias não são somente produtos da mente, mas também seres mentais que têm vida e poder; e assim, podem possuir-nos". O homem, na visão do autor, é prisioneiro, por vezes, de suas crenças e idéias, nos dias de hoje, assim como o foi, anteriormente, prisioneiro dos mitos e superstições.
O inesperado
O inesperado, no dizer de Morin, "surpreende-nos"; nós nos acostumamos de maneira segura com nossas teorias, crenças e idéias, sem deixar lugar para o acolher o "novo". Entretanto, o 'novo" brota sem parar...
Quando o inesperado se manifesta, é preciso ser capaz de rever nossas teorias e idéias, em vez de deixar o fato novo entrar à força num ambiente (ou instância, ou teoria) incapaz de recebê-lo.
A incerteza do conhecimento
É preciso destacar, em qualquer educação, as grandes interrogações sobre nossas possibilidades de conhecer. Pôr em prática as interrogações constitui o oxigênio de qualquer proposta de conhecimento. E o conhecimento permanece como uma aventura para a qual a educação deve fornecer o apoio indispensável.

II - Os princípios do conhecimento pertinente
Existe um problema capital, sempre ignorado, que é o da necessidade de promover o conhecimento capaz de aprender problemas globais e fundamentais para neles inserir os conhecimentos parciais e locais.
A supremacia do conhecimento fragmentado de acordo com as disciplinas impede freqüentemente de operar o vínculo entre as partes e a totalidade, e deve ser substituída por um modo de conhecimento capaz de apreener os objetos em seu contexto, sua complexidade, seu conjunto.
É necessário desenvolver a aptidão natural do espírito humano para situar todas essas informações em um contexto e um conjunto. É preciso ensinar os métodos que permitam estabelecer as relações mútuas e as influências recíprocas entre as partes e o todo em um mundo complexo.
Da pertinência no conhecimento
A pertinência do mundo enquanto mundo é uma necessidade, ao mesmo tempo, intelectual e vital.
É o problema universal de todo cidadão do novo milênio: como ter acesso às informações e organizá-las? Como perceber e conceber o Contexto, o Global (relação todo/partes) o Multidimensional, o Complexo?
Para articular e organizar os conhecimentos e, assim, reconhecer e conhecer os problemas do mundo, é necessária a reforma do pensamento. Entretanto, essa reforma não é programática, mais sim, paradigmática - é questão fundamental da educação, já que se refere à nossa aptidão para organizar o conhecimento.
Esse é o grande problema a ser enfrentado pela educação do futuro - tornar evidentes:
- o contexto: o conhecimento das informações ou dados isolados é insuficiente; é preciso situar as informações e dados em seu contexto para que adquiram sentido;
- o global (relação todo/partes); é mais que o contexto, é o conjunto das diversas partes ligadas a ele de modo inter-retroativo ou organizacional; assim, uma sociedade é mais que um contexto: é o todo organizador de que fazemos parte;
- o multidimensional: sociedades ou seres humanos são unidades complexas, multidimensionais; assim, o ser humano é, ao mesmo tempo, biológico, psíquico, afetivo, social, racional; a sociedade comporta dimensões histórica, econômica, sociológica, religiosas; o conhecimento pertinente deve reconhecer esse caráter multidimensional e nesse inserir todos os dados a ele pertinentes.
- O complexo: há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis constitutivos do todo e há um tecido independente, interativo e inter-retroativo entre o objeto de conhecimento e seu contexto, partes e todo, todo e partes, partes em si; assim, complexidade é a união entre unidade e multiplicidade.
A inteligência geral
O desenvolvimento de aptidões gerais da mente permite melhor desenvolvimento das competências particulares ou especializadas.
Quanto mais poderosa é a inteligência geral, maior é sua faculdade para tratar de problemas especiais. A compreensão de dados particulares também necessita da ativação da inteligência geral, que opera e organiza a mobilização dos conhecimentos de conjunto de cada caso particular.
A educação deve favorecer a aptidão natural da mente em formular e problemas essenciais e, de forma correlata, estimular o uso total da inteligência geral. Este uso total pede o livre exercício da curiosidade, a faculdade mais expandida e a mais viva durante a infância e a adolescência, que com freqüência a instrução extingue e que, ao contrário, se trata de estimular, caso esteja adormecida, despertar.
A educação do futuro, em sua missão de promover a inteligência geral dos indivíduos, deve ao mesmo tempo utilizar os conhecimentos existentes, superar as antinomias decorrentes do progresso nos conhecimentos especializados e identificar a falsa racionalidade.
A antinomia - para Morin, nos dias atuais, os sistemas de ensino portam antinomias - contradições - criando e alimentando disjunções entre as ciências e as humanidades, assim como a separação das ciências em disciplinas hiperespecializadas, fechadas em si mesmas. Os problemas fundamentais da humanidade e os problemas globais estão ausentes das ciências disciplinares; o enfraquecimento da percepção global conduz ao enfraquecimento da responsabilidade (cada um passa a responder somente por sua tarefa especializada), assim como ao enfraquecimento da solidariedade (as pessoas não sentem mais os vínculos com seus concidadãos).
Os problemas essenciais
Disjunção e especialização fechada - hiper-especialização impede tanto a percepção do global (que ela fragmenta em parcelas) quanto do essencial (que ela dissolve).
Redução e disjunção - o princípio da redução (limitar o conhecimento do todo ao conhecimento de suas partes) leva naturalmente a restringir o complexo ao simples. Aplica às complexidades vivas e humanas a lógica mecânica e determinista da máquina artificial. Como nossa educação sempre nos ensinou a separar, compartimentar, isolar, e não unir os conhecimentos, o conjunto deles constitui um quebra-cabeças ininteligível.
A inteligência compartimentada, parcelada, mecanicista, reducionista, enfim - disjuntiva - rompe o complexo do mundo em fragmentos disjuntos, fraciona os problemas, separa o que está unido, torna unidimensional o multidimensional. É uma inteligência míope que acaba por ser normalmente cega. Reduz as possibilidades de julgamento corretivo ou da visão a longo prazo. Assim, quanto mais a crise progride, mais progride a incapacidade de pensar a crise; quanto mais os problemas se tornam multidimensionais, maior a incapacidade de pensar sua multidimensionalidade; quanto mais os problemas se tornam planetários, mais eles se tornam impensáveis.
A falsa racionalidade - ou seja, a racionalização abstrata, triunfa hoje em dia, por toda a parte, na forma do pensamento tecnocrático - incapaz de compreender o vivo e o humano aos quais se aplica, acreditando-se ser o único racional. O século XX viveu sob o domínio da pseudo-racionalidade que presumia ser a única racionalidade, mas atrofiou a compreensão, a reflexão e a visa em longo prazo. Sua insuficiência para lidar com os problemas mais graves constituiu um dos mais graves problemas para a humanidade. Daí, o paradoxo: o século XX produziu avanços gigantescos em todas as áreas do conhecimento científico, assim como no campo da técnica. Ao mesmo tempo, produziu nova cegueira para os problemas globais, fundamentais e complexos, gerando inúmeros erros e ilusões.
III - Ensinar a condição humana
O ser humano é a um só tempo, físico, biológico, psíquico, cultural, social, histórico. Esta unidade complexa na natureza humana é totalmente desintegrada na educação por meio das disciplinas, tendo-se tornado impossível aprender o que significa ser humano. É preciso restaurá-la, de modo que cada um, onde quer que se encontre, tome conhecimento e consciência, ao mesmo tempo, de sua identidade complexa e de sua identidade comum a todos os outros humanos.
Desse modo, a condição humana deveria ser o objeto essencial de todo o ensino. É possível, como base nas disciplinas atuais, reconhecer a unidade e a complexidade humanas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas ciências da natureza, nas ciências humanas, na literatura e na filosofia, pondo em evidência o elo indissolúvel entre a unidade e a diversidade de tudo que é humano.
Enraizamento/desenvolvimento do ser humano
A educação do futuro deverá ser o ensino primeiro e universal, centrado na condição humana. Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e não separa-lo dele. Todo o conhecimento deve contextualizar seu objeto para ser pertinente; "quem somos?" é inseparável de "onde estamos", "de onde viemos', para "para onde vamos?". Interrogar nossa condição humana implica questionar nossa posição no mundo. Para a educação do futuro, é necessário promover grande remembramento (consolidação) dos conhecimentos oriundos das ciências naturais, a fim de situar a condição humana no mundo, dos conhecimentos derivados das ciências humanas para colocar em evidência a multidimensionalidade e a complexidade humanas.
O humano do humano
O homem é um ser a um só tempo plenamente biológico e plenamente cultural, que traz em si a unidualidade originária. É super e hipervivente: desenvolveu de modo surpreendente as potencialidades da vida. Exprime de maneira hipertrofiada as qualidades egocêntricas e altruístas do indivíduo, alcança paroxismos de vida em êxtases e na embriagues, ferve de ardores orgiásticos e orgásmicos e é nessa hipervitalidade que o "Homo Sapiens" é também "Homo Demens".
O homem e o humano se encontram anelados a três circuitos fundamentais para sua vida enquanto ser e enquanto pessoa:
- o circuito cérebro/mente/cultura;
- o circuito razão/afeto/pulsão; e
- o circuito indivíduo/sociedade/espécie.
Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana.

"Unitas multiplex": unidade e diversidade humana
Há uma unidade humana; e há uma diversidade humana. A unidade não está apenas nos traços biológicos da espécie; a diversidade não está apenas nos traços psicológicos, culturais e sociais. Existem outras unidade e diversidades perfilhando as características do ser humano em "ser humano".
Cabe à educação do futuro cuidar para que a idéia de unidade da espécie humana não apague a idéia de diversidade e que a diversidade não apague a unidade. A educação deverá ilustrar este princípio de unidade/diversidade em todas as esferas do conhecimento.
IV - Ensinar a identidade terrena
O destino planetário do gênero humano é outra realidade até agora ignorada pela educação. O conhecimento dos desenvolvimentos da era planetária, que tendem a crescer no século XXI, e o reconhecimento da identidade terrena, que se tornará cada vez mais indispensável a cada um e a todos, devem converter-se em um dos principais objetos da educação.
Convém ensinar a história da era planetária, que se inicia com o estabelecimento da comunicação entre todos os continentes no século XVI, e mostrar como todas as partes do mundo se tornaram solidárias, sem, contudo, ocultar as opressões e a dominação que devastaram a humanidade e que ainda não desapareceram. Será preciso indicar o complexo de crise planetária que marca o século XX, mostrando que todos os seres humanos, confrontados de agora em diante aos mesmos problemas de vida e de morte, partilham um destino comum.
A contribuição das contracorrentes
O século XX deixou como herança contracorrentes regeneradoras. Freqüentemente, na história, contracorrentes suscitadas em reação ás correntes dominantes podem se desenvolver e mudar o curso dos acontecimentos. Devemos considerar, como movimentos importantes e atuantes:
- a contracorrente ecológica que, com o crescimento das degradações e o surgimento de catástrofes técnicas/industriais, só tende a aumentar;
- a contracorrente qualitativa que, em reação à invasão do quantitativo e da uniformização generalizada, se apega à qualidade em todos os campos, a começar pela qualidade de vida;
- a contracorrente da resistência à vida prosaica puramente utilitária, que se manifesta pela busca da vida poética, dedicada ao amor, à admiração, à paixão, à festa;
- a contracorrente de resistência à primazia do consumo padronizado, que se manifesta de duas maneiras opostas: uma, pela busca da intensidade vivida (consumismo); a outra, pela busca da frugalidade e temperança (minimalismo);
- a contracorrente, ainda tímida, de emancipação em relação à tirania onipresente do dinheiro, que se busca contrabalançar por relações humanas e solidárias, fazendo retroceder o reino do lucro;
- a contracorrente, também tímida, que, em reação ao desencadeamento da violência, nutre éticas de pacificação das almas e das mentes.

V - Enfrentar as incertezas
As ciências permitiram que adquiríssemos muitas certezas, mas igualmente revelaram, ao longo do século XX, inúmeras zonas de incerteza. A educação deveria incluir o ensino das incertezas que surgiram nas ciências físicas (microfísica, termodinâmica, cosmologia), nas ciências da evolução biológica e nas ciências históricas.
Será preciso ensinar princípios de estratégia que permitiriam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza.
A fórmula do poeta grego Eurípedes, que data de vinte e cinco séculos, nunca foi tão atual: "O esperado não se cumpre, e ao inesperado um deus abre o caminho". O abandono das concepções deterministas da história humana que acreditavam poder predizer nosso futuro, o estudo dos grandes acontecimentos e desastres de nosso século, todos inesperados, o caráter doravante desconhecido da aventura humana devem-nos incitar a preparar as mentes para esperar o inesperado, para enfrenta-lo. É necessário que todos os que se ocupam da educação constituam a vanguarda ante a incerteza de nossos tempos.

VI - Ensinar a compreensão
A compreensão é a um só tempo meio e fim da comunicação humana. Entretanto, a educação para a compreensão está ausente no ensino. O planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensão mútua. Considerando a importância da educação para a compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra para a educação do futuro.
A compreensão mútua entre os seres humanos, quer próximos, quer estranhos, é daqui para a frente vital para que as relações humanas saiam de seu estado bárbaro de incompreensão. Daí decorre a necessidade de estudar a incompreensão a partir de suas raízes, suas modalidades e seus efeitos. Este estudo é tanto mais necessário porque enfocaria não os sintomas, mas as causas do racismo, da xenofobia, do desprezo. Constituiria, ao mesmo tempo, uma das bases mais seguras da educação para a paz, à qual estamos ligados por essência e vocação.
As duas compreensões
Há duas formas de compreensão: a compreensão intelectual ou objetiva e a compreensão humana intersubjetiva. Compreender significa intelectualmente apreender em conjunto, comprehendere, abraçar junto (o texto e o seu contexto, as partes e o todo, o múltiplo e o uno). A compreensão intelectual passa pela inteligibilidade e pela explicação. Explicar é considerar o que é preciso conhecer como objeto e aplicar-lhe todos os meios objetivos de conhecimento. A explicação é, bem entendido, necessária para a compreensão intelectual ou objetiva.
Mas a compreensão humana vai além da explicação. A explicação é bastante para a compreensão intelectual ou objetiva das coisas anônimas ou materiais. A compreensão humana comporta um conhecimento de sujeito a sujeito. Por conseguinte, se vemos uma criança chorando, nós a compreendemos, não pelo grau de salinidade de suas lágrimas, mas por buscar em nós mesmos nossas aflições infantis, identificando-a conosco e identificando com ela. Compreender inclui, necessariamente, um processo de empatia, de identificação e de projeção. Sempre intersubjetiva, a compreensão pede abertura, simpatia e generosidade.
Educação para os obstáculos à compreensão
Há múltiplos obstáculos exteriores à compreensão intelectual:
- o "ruído" que interfere na transmissão da informação, criando o mal-entendido e ou não-entendido;
- a polissemia de uma noção que, enunciada em um sentido, é entendida de outra forma;
- há a ignorância dos ritos e costumes do outro, especialmente os ritos de cortesia, o que pode levar a se ofender inconscientemente ou desqualificar a si mesmo perante o outro (diversidade cultural);
- existe a incompreensão dos valores imperativos propagados no seio de outra cultura - respeito aos idosos, crenças religiosas, obediência incondicional das crianças, ou, ao contrário, em nossa sociedade, o culto ao indivíduo e o respeito às liberdades;
- há a incompreensão dos imperativos éticos próprios a uma cultura, o imperativo da vingança nas sociedades tribais, o imperativo da lei nas sociedades evoluídas;
- existe a impossibilidade, enquanto visão de mundo, de compreender as idéias e os argumentos de outra visão de mundo, assim como uma ideologia/filosofia compreender outra ideologia/filosofia;
- existe, enfim, a impossibilidade de compreensão de uma estrutura mental em relação a outra.

A ética da compreensão
É a arte de viver que nos demanda, em primeiro lugar, compreender de modo desinteressado. Demanda grande esforço, pois não pode esperar nenhuma reciprocidade: aquele que é ameaçado de morte por um fanático compreende porque o fanático quer mata-lo, sabendo que este jamais o compreenderá. A ética da compreensão pede que compreenda a incompreensão.

 VII - A ética do gênero humano
l camino se hace al andar" (Antonio Machado)
 A educação deve conduzir à "antropo-ética", levando em conta o caráter ternário da condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduo/sociedade/espécie. Nesse sentido, a ética indivíduo/espécie necessita do controle mútuo da sociedade pelo indivíduo e do indivíduo pela sociedade, ou seja, a democracia; a ética indivíduo/espécie convoca, ao século XXI, a cidadania terrestre.
 A ética não poderia ser ensinada por meio de lições de moral. Deve formar-se nas mentes com base na consciência de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da sociedade, parte da espécie. Carregamos em nós esta tripla realidade. Desse modo, todo desenvolvimento verdadeiramente humano deve compreender o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer à espécie humana.
 Partindo disso, esboçam-se duas grandes finalidades ético-políticas do novo milênio: estabelecer uma relação de controle mútuo entre a sociedade e os indivíduos pela democracia e conceber a Humanidade como comunidade planetária. A educação deve contribuir não somente para a tomada de consciência de nossa "Terra-Pátria", mas também permitir que esta consciência se traduza em vontade de realizar a cidadania terrena.
Não possuímos as chaves que abririam as portas de um futuro melhor. Não conhecemos o caminho traçado. Podemos, porém, explicitar nossas finalidades: a busca da hominização na humanização, pelo acesso à cidadania terrena.

Última atualização em 04/07/2011

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Educação Especial

Não há satisfação maior para um estudante do que a realização do seu TCC.

Já passei por isso na faculdade e agora foi o pós de educação inclusiva, e só quem passou por isso entende o orgulho de finalmente receber o retorno do professor com um comentário positivo.

E olhando para trás na minha vida estudantil, fica difícil lembrar de situações de criação de trabalhos ou pesquisas como a que fazemos no TCC, e é incrível que eu me dei conta que meus trabalhos escolares foram pautados na cópia. Pesquisa e cópia.

Trabalhos em que precisei pesquisar, pensar, mostrar minha opinião e a minha bagagem pessoal, só na faculdade. E olha que fiz dois cursos no médio, Magistério e Contabilidade.

Hoje agradeço a oportunidade de ter feito o magistério e não ter atuado na área; ter voltado para a minha vocação depois da faculdade, fui melhor professora do que poderia ter sido, com certeza.

Para complementar o meu texto simples, palavras de Terezinha Azeredo Rios:

Nas palavras de Rios a melhor qualidade para o ensino é criar condições para a formação de alguém que sabe ler, escrever e contar. “Ler não apenas as cartilhas, mas os sinais do mundo, a cultura de seu tempo. Escrever não apenas nos cadernos, mas no contexto de que participa, deixando seus sinais, seus símbolos. Contar não apenas números, mas sua história, espalhar sua palavra, falar de si e dos outros.
Contar e cantar – nas expressões artísticas, nas manifestações religiosas, nas múltiplas e diversificadas investigações científicas”.


bjus !!